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Juiz do TST afirma que diretoria dos Correios negou-se a continuar negociações, motivando greve que pode começar nessa quarta
Foto: Divulgação/ TST
Tribunal encerrou mediação na semana passada após diretoria da empresa negar-se a um acordo | Divulgação/ TST
Tribunal encerrou mediação na semana passada após diretoria da empresa negar-se a um acordo

 O Juiz auxiliar da vice-presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Rogério Neiva, confirmou o que a Federação e os sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios tem apresentado como justificativa para uma possível greve que pode ter início nesta quarta-feira, 11, em todo o País. Segundo o juiz auxiliar, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realmente negou-se a dar continuidade às negociações com os trabalhadores, o que levou o TST a encerrar as tentativas de conciliação.

“A empresa, na prática, recusou a proposta da vice-presidência de modo a dar continuidade ao diálogo e, inclusive, adiar a greve. Nós temos que respeitar, e respeitando essa decisão extinguiu essa mediação, tendo a clareza de que, se houvesse essa aceitação, teríamos a perspectiva de evitar essa greve”, disse Neiva ao programa de rádio Revista Justiça.

Sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios em todo o país realizam entre hoje e amanhã assembleias para decidir se entram em greve a partir desta quarta. No Tocantins, o diretor jurídico da Federação Interestadual dos Trabalhadores dos Correios (Findect), José Aparecido Rufino, confirmou que a assembleia geral será realizada logo cedo, às 6h30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Estado do Tocantins (Sintect).

Além do não cumprimento do acordo coletivo, a categoria também protesta contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8%, abaixo da inflação, e contra a exclusão de pais dos planos de saúde, medida que afeta diretamente cerca de 60% dos trabalhadores da empresa. Na entrevista à Rádio Justiça, o juiz auxiliar Rogério Neiva explicou que as negociações mediadas pelo TST tiveram início ainda no primeiro semestre do ano, originalmente abordando o plano de saúde da categoria.

A mediação foi ampliada posteriormente para abranger a data-base dos trabalhadores. No dia 31 de julho uma audiência no TST postergou um indicativo de greve previsto para 1º de agosto. As negociações continuaram, mas sem acordo entre as partes, levando ao fim do diálogo.

“Não sabemos o que vai acontecer. Uma greve sempre é algo que tende à escalada do conflito, aumenta a litigiosidade, traz impactos para a sociedade. Fizemos o que estava ao nosso alcance para tentar evitar. O que dependia apenas de uma atitude da empresa no sentido de dar continuidade ao diálogo, a qual se recusou”, concluiu o juiz.

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