Polí­tica
Kátia Abreu defende valorização do policial e combate firme ao crime organizado no Tocantins
Foto: Moreira Mariz
Moreira Mariz

A senadora Kátia Abreu dedicou seu primeiro pronunciamento de 2018 no plenário do Senado ao tema da segurança pública. A parlamentar afirmou que é necessário equipar e valorizar o policial militar e reiterou que o principal foco do governo deve ser o combate ao crime organizado. Defendeu ainda uma ampla reforma do Código Penal, o qual classificou como uma “colcha de retalhos”.

Kátia Abreu afirmou que a Polícia tocantinense está “totalmente desassistida e desequipada”. Segundo a senadora, o governo estadual "precisa ser amigo da polícia, e não do bandido”, disse a senadora, completando: "Quando você, de fato, é amigo de polícia, você equipa a polícia, apoia, treina, dá crédito, confere respeito à sua polícia. Agora, quando você faz o contrário disso, como estamos vendo no Brasil e no Tocantins, você, governante, é amigo do bandido e não do policial”, afirmou.

A parlamentar destacou o desvio de função de grande parte dos 3.500 policiais tocantinenses, que, em vez de estarem nas ruas protegendo a população, fazem a segurança de prédios públicos e autoridades. “Apenas na defesa da Casa Militar do Governador do Estado e de sua família, há mais de 200 policiais militares, protegendo apenas a família e o patrimônio do Governador. Dos 3,5 mil policiais, mais de 700 estão enfurnados nos gabinetes de políticos, de autoridades, vigiando prédios”, criticou.

Crime organizado

Kátia Abreu lembrou que - segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública - no Tocantins, a taxa de homicídios aumentou 33% enquanto a média do país ficou em 28% nos últimos 10 anos. “O estado não está dando conta de organizar a vida e de trazer segurança para 1,5 milhão de habitantes, menos que a população de Goiânia. Isso é o cúmulo da falta de gestão, da falta de administração e da falta de pulso”, disse.

De acordo com a senadora, é prioritário o combate firme ao crime organizado. “Nosso adversário é um só. É o crime organizado. Não dá mais. Sessenta e um mil assassinatos no País, e nós estamos vendo o interior do Brasil ser invadido por esses bandidos. O Tocantins está cheio de crack, cocaína, maconha e consumindo a vida das nossas famílias”, disse, concluindo: “Um país que não garante saúde decente nem segurança pública para o cidadão, eu tenho minhas dúvidas se pode ser chamado de país e eu tenho minhas dúvidas se nós podemos nos chamar cidadãos”.

Assista abaixo a íntegra do pronunciamento da senadora

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