Meio Ambiente
Aves repatriadas de São Paulo serão soltas de volta à natureza
Veterinária do Naturatins inspeciona as aves repatriadas ao Estado
Veterinária do Naturatins inspeciona as aves repatriadas ao Estado

Das 164 aves do Estado do Tocantins, apreendidas pela polícia de São Paulo, em outubro do ano passado, chegou a Palmas na tarde desta quarta-feira, 04, o 1º lote com 29 aves, sendo 27 Periquitos-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) e duas Jandaias-verdadeiras (Aratinga jandaya). Quando foram capturados, os animais ainda filhotes, foram levados para Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras-PET) de São Paulo. As aves encontradas tinham como objetivo serem comercializadas ilegalmente.

A veterinária e supervisora da Fauna do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Grasiela Pacheco, contou que o repatriamento somente pôde ser realizado agora. “Ao chegarem ao Cras, as aves estavam muito pequenininhas e foram alimentadas com papinha, depois com frutas e agora já estão voando e aptas para soltura”, destacou.

As aves são de diversas espécies dentre elas 64 papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva)  39 curicas (Amazona amazônica), 41 Periquitos-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri), 13 pássaros-preto (Gnorimopsar chopi), 2 araras-azuis-grandes (Anodorhynchus hyacinthinus),  2  araras-vermelhas (Ara chloropterus), 2 Jandaias-verdadeiras(Aratinga jandaya), 1  papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops.

Grasiela Pacheco ressaltou a dificuldade de se encontrar o traficante de animais e explicou que o Tocantins é rota principalmente do tráfico de aves. “Isso ocorre porque no Tocantins existe fauna em abundância e a fiscalização é pouca. E com isso fica fácil, e eles abastecem principalmente o comércio da região sudeste”.  Ela lembra ainda, que em 2015, a polícia desbaratou uma quadrilha com traficantes de Goiás, Tocantins e São Paulo, que tinham esquema para vender esses animais.

Por causa da distância entre os estados e das más condições de transporte, muitas aves não sobreviveram, a exemplo de duas araras vermelhas, além de papagaios, que vieram a óbito. “Não é oferecido comida durante a viagem. E como os traficantes têm que esconder os bichos, eles são colocados amontoados, e por isso ficam junto com as fezes e muitos morrem no caminho”. E completou, “para chegar 164 animais em São Paulo, significa que muitos morreram no percurso”, lamentou.

Devido o stress do transporte de São Paulo ao Tocantins, as aves foram transportadas até uma Fazenda parceira do Naturatins, onde ficarão alguns dias em um viveiro em observação e posteriormente serão libertadas na natureza.

“Vale ressaltar a importância da conscientização da população para fazer denúncias. Porque é difícil pegar o traficante, mas tudo pode ser feito anonimamente. Se as pessoas nos ajudar, se consegue fazer um trabalho melhor”, enfatizou a veterinária Grasiela Pacheco.

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