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Servidores do Estado aprovam por unanimidade greve geral; presidente aponta insensibilidade: "Todos os serviços serão afetados!"
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Os servidores públicos do Quadro Geral, Unitins, Adapec, Ruraltins, Naturatins, Itertins e administrativos da Secretaria da Fazenda decidiram, por unanimidade, iniciar na próxima terça-feira, 9 de agosto, greve geral. Em entrevista ao Conexão Tocantins na tarde desta sexta-feira, 5, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sisepe), Cleiton Pinheiro, disse que a greve será até que o Governo do Estado pague a data-base dos trabalhadores. "A greve foi aprovada por tempo indeterminado até que o governo negocie com os sindicatos o pagamento da data-base. Apenas reunir e apresentar propostas isso não vai interromper a greve não! Tem que negociar, trabalhar Projeto de Lei para poder a categoria encerrar a greve", afirmou. 

Segundo Cleiton, o Governo do Estado está sendo irresponsável. "Todos os serviços serão afetados! Olha bem a irresponsabilidade do governo, uma vez que temos uma grande necessidade de atendimento a população na área de arrecadação, como a Fazenda, na área de Adapec que é a fiscalização animal. Para ter uma ideia, o quadro geral tem 110 promotorias que são chefiadas pelo quadro geral, um setor de arrecadação", informou. 

Cleiton disse que o governo não está preocupado com a população tocantinense. "Nós temos agora o período de queimada e é o período em que o Naturatins tem que estar fiscalizando. O Dertins, que é o órgão que cuida das estradas do Tocantins, o governo também não estão tendo nenhuma preocupação com a manutenção desse serviço. O Detran também que tem a questão da emissão de documentos, tudo isso vai ser interrompido. O Ruraltins que é o órgão que cuida da Agricultura Familiar também interrompido. O Procon, que é o órgão que defende o consumidor, vai estar interrompendo as suas atividades. O cidadão vai procurar esses órgãos e vão estar fechados. Então o governador não está preocupado com a população do estado não", frisou. 

Questionado se haverá porcentagem de servidores - 30% - prestando atendimentos aos tocantinenses, Cleiton Pinheiro disse: "O sindicato prepara a greve dentro do amparo legal. Dentro daquilo que a Lei determina. Com relação ao número mínimo de pessoas trabalhando, o Sindicato agora, inclusive, está protocolando ofício ao governador (Marcelo Miranda) onde nós estamos informando que vamos manter o mínimo, no entanto, é interessante ressaltar que o sindicato não tem como ir lá, pegar na mão do servidor que está lá no movimento grevista e tirar ele da greve para levar para dentro do órgão. Aquele setor que os servidores quiserem ir 100% para a greve, o sindicato não pode impedir", informou. 

Cleiton Pinheiro frisou que o Governo do Estado deve o mais antes possível chamar o Sisepe e o Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado (Musme), para negociação.

Insensibilidade 

Para Cleiton Pinheiro, o Governo do Estado é insensível as reivindicações dos servidores. "O que a gente vê com bastante preocupação é essa insensibilidade por parte do governador em atender as reivindicações dos servidores. Por outro lado, é interessante colocar, que o Estado do Tocantins não está passando por crise não. O Tocantins é um dos poucos estados da Federação que está tendo superação na receita. Ele arrecada mais do que o que está sendo previsto", criticou. 

De acordo com Cleiton Pinheiro, mais de mil pessoas participaram da assembleia extraordinária realizada hoje. Após a votação da greve, os servidores seguiram para o Palácio Araguaia onde acompanharam o protocolo do Ofício que comunicou ao Governador do Estado, a decisão sobre a greve. Com a entrega do ofício, o Sisepe cumpre a lei de greve e obedece o prazo estabelecido para enviar aos órgãos competentes o comunicado sobre a greve e os serviços que sofrerão interrupção.

Reivindicações

Os servidores públicos reivindicam o pagamento dos retroativos da data-base 2015, além da implantação do índice de 9,8307% referente à data-base 2016.

Servidores da Saúde Educação do Estado decidiram ontem, 4, por deflagração de greve no dia 9, em defesa de direitos.  (Matéria atualizada às 17h13min) 

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