Estado
Pedido do MPE para bloqueio dos bens de deputado e outros ex-gestores do Igeprev é negado pela justiça
Imagem da notícia

O juiz 2ª Vara de Feitos das Fazendas e Registros Públicos de Palmas, Agenor Alexandre da Silva, negou liminar ao Ministério Público Estadual (MPE), em ação civil pública de ressarcimento ao erário para que fossem bloqueados bens de ex-gestores do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev). Entre os citados na ação estão o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB), ex-presidente do Conselho de Administração do instituto; Edson Santana Matos, Gustavo Furtado e Rogério Villas Boas.

O magistrado disse na decisão que, ainda que não tenha entrado no mérito da ação, não viu nenhum elemento que justifique o bloqueio dos bens dos acusados. Silva lembra que os fatos que geraram o processo têm mais de um ano e o MPE não buscou "qualquer pleito cautelar a respeito, conforme autoriza art. 16, §1º, da Lei Federal nº 8.249/92, já que, pelo que se vê, na época da instauração do procedimento administrativo investigativo civil já detinha os mesmos elementos e fatos em mãos, não havendo qualquer fato ou documento superveniente, a princípio, que impedisse a postulação excepcional mencionada”.

O juiz ainda defendeu a necessidade do "devido processo legal substancial e não apenas formal, para, somente após este, poder o Estado-Juiz se utilizar de seu “poder Estatal” e expropriar bens para se efetivar suas decisões”. "Não há, portanto, um devido processo justo e eficaz quando não outorga aos demandados o sagrado direito de ampla defesa e contraditório”, argumentou Silva.

Ele também defendeu que "o Estado-Juiz há que se ater ao que se denomina de função social do processo ou finalidade social do processo”. "Isto é, deve o Julgador ter em mente os efeitos sociais que sua decisão causará no seio social em todos os seus aspectos”, justificou. Segundo o juiz, decisões precipitadas, "sem um devido processo legal material, podem levar empresas à falência ou pessoas naturais ao desespero ao ponto de colocar a sua própria vida em risco, desestabilizando, pois, a ordem pública, a qual o Estado-Juiz é pago para mantê-la”.

Veja Também

De acordo com o relatório apresentado, as receitas totais em 2022 atingiram o montante de...
A capital do estado sofre com onda de violência; 277% de aumento nos dois primeiros meses do ano...
A credencial é a autorização especial para que os veículos conduzidos por idosos ou que os...
O bairro contemplado Vila Azul estará com as ruas interditadas até o dia 11 de março, com as devidas...
O objetivo do encontro foi alinhar as principais necessidades dos municípios tocantinenses, tendo...
Para a vereadora Elaine Rocha o projeto transforma a vida de jovens do município. “O projeto é...
O governador parabenizou o trabalho da Marinha e destacou a contribuição e importância da...
Os dez artigos apresentados como sugestão ao Executivo tratam das novas regras para servidores que...
Para os cidadãos que estão na base de dados de inadimplência da Serasa e que necessitam negociar...
Publicado no Diário Oficial do Estado na segunda-feira, 27, o novo gestor da Secretaria Estadual do Trabalho...

Mais Lidas

Ação Civil Pública

Agenor Alexandre da Silva

Edson Santana Matos

Eduardo Siqueira Campos

Gustavo Furtado

Igeprev

Ministério Público do Tocantins

Rogério Villas Boas