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Greve está prestes a completar 30 dias quando Constituição permite demissão por justa causa; Marinho diz que civis não retornarão ao trabalho
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A greve dos policiais civis do Estado completará 30 dias na próxima quarta-feira, 25, e segundo a Constituição a partir daí já é permitida a demissão por justa causa por parte do Estado. O governo já está autorizado a cortar os pontos dos servidores e a partir do dia 30 a lei permite ainda zerar os contracheques dos grevistas.  A Constituição permite ainda a contratação temporária “para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público” após os 30 dias.

Na semana passada a assinatura de um Protocolo de Intenções intermediado por vários órgãos era a expectativa de dar um fim à greve porém a Assembleia Geral da categoria fez uma contraproposta e quer que o governo emita títulos no valor da parcela do realinhamento deste ano.

Moisemar Marinho disse ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 23, que o Comando de greve está intensificando a negociação todos os dias e que a greve é por tempo indeterminado. “O pessoal não vai voltar ao trabalho”, disse. Questionado sobre a preocupação com as penalidades previstas na Constituição o presidente afirmou: “Estamos preocupados com tudo inclusive com a segurança da sociedade mas a greve continua e essa é uma decisão soberana da Assembleia”, disse.

Há 20 dias a justiça considerou a greve ilegal através de decisão da desembargadora Maysa Vendramini e ainda sim os grevistas continuam de braços cruzados. A multa ao Sindicato dos Policiais Civis por dia já foi aumentada de R$ 50 para R$ 100 mil e está correndo.

O Sindicato, conforme mostra o acompanhamento processual, protocolou a contestação no dia 19 deste mês. O Movimento grevista inclusive está sendo alvo de uma averiguação do Ministério Público Federal. Na contestação eles pedem que “sejam julgados improcedentes todos os pedidos formulados na inicial, reconhecendo, por conseguinte, a legalidade da greve deflagrada, uma vez que  além de legítimo o direito reivindicado, observou-se todos os requisitos para a  deflagração e ainda que seja reconsiderada a decisão de corte de pontos dos servidores, bem como a aplicação da multa”, consta no pedido que é assinado por quatro advogados coordenados pelo jurista Leandro Manzano.

Assembleia

Em Assembleia Geral na semana passada, os grevistas não aceitaram o acordado no protocolo de intenções assinado no Ministério Público Estadual e intermediado por outros órgãos e optaram por paralisar 100% das atividades nas delegacias e até no Instituto de Identificação. Nos presídios a Polícia Militar já está atuando há quase uma semana.

O último posicionamento do governo com relação ao assunto foi uma nota onde afirma que só retomará qualquer conversação após o encerramento da greve, reiterando que novas tratativas ficam condicionadas aos limites do mencionado Protocolo.

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