Várias entidades de movimento negro do Tocantins fazem uma mobilização durante o evento da diplomação dos eleitos nesta sexta-feira, 19. Representantes do Movimento Negro Unificado – MNU, Gruconto, Enegrecer, APNs, movimento quilombola e outros buscam apoio de agentes políticos para conseguir avançar a política de promoção de Igualdade Racial no Estado.

Na porta do Tribunal de Justiça eles estão entregando camisetas com a frase: Eu apoio a Política de Igualdade Racial para os deputados federais e estaduais. O grupo já se articula desde o mês de novembro junto ao novo governo e chegou a entregar uma carta assinada por dezenas de entidades para o coordenador da comissão de transição, Herbert Brito para que seja criada uma estrutura específica na próxima gestão com o intuito de trabalhar políticas de igualdade racial para o Tocantins.

Segundo informou o membro do conselho nacional de Direitos Humanos, Cristian Ribas que representa o coletivo Enegrecer a intenção é somar esforços para garantir uma política de igualdade racial no Estado. Ele elenca como um dos fatos alarmantes o que chamou de “extermínio” da juventude negra no Brasil e no Estado já que a taxa de homicídios no Tocantins supera a do Brasil.

A atual gestão não deu espaço nem estrutura para o trabalho na área de promoção da igualdade além disso é preciso um espaço específico para que os convênios e parcerias sejam feitas com a Secretaria da Igualdade Racial do governo federal.

A ministra Luiza de Bairros chegou a vir ao Tocantins em novembro e apontou como um dos principais problemas para a criação de políticas a falta de secretarias ou estrutura específica e equipada para lidar da temática. No Estado segundo o último censo maioria da população é negra além disso são mais de 20 comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares.