Araguaína
Prefeitura e cooperativas alertam para os perigos do transporte clandestino em Araguaína

A atuação de mototaxistas e taxistas clandestinos em Araguaína têm gerado situações que colocam em risco a integridade física dos usuários e prejudicam o trabalho de categorias organizadas. Segundo o presidente da Cooperativa de Mototaxistas local, Raimundo Borges Gomes, cerca de 80 motociclistas agem irregularmente em pontos estratégicos da cidade. “É possível encontrar os clandestinos em toda a cidade, mas geralmente eles se concentram na Vila Couto, JK, Nova Araguaína, Mercado Municipal e Feirinha”, aponta Gomes.

O presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintar), José da Costa Oliveira (Lindomar), informa que a atuação dos clandestinos tem inviabilizado o trabalho regular e aumentado à atuação de criminosos, inclusive de outros estados. "As pessoas ficam à mercê de diversos crimes e perigos, como sequestros e assaltos, já que não se pode identificar essas pessoas", acrescenta Oliveira.

A prefeitura de Araguaína está atenta ao problema e age em parceria com os cooperados para coibir a prática ilegal. “Nosso principal papel é a fiscalização, estamos estruturando uma Agência Municipal de Trânsito e o concurso para novos fiscais para dar mais respaldo à população e às categorias”, informa o secretário de Infraestrutura, Simão Moura. Contudo, segundo o secretário, o combate aos clandestinos pode começar com mudanças de hábitos dos próprios usuários, “É de fundamental importância que a população não incentive a prática do transporte irregular, que traz riscos graves para o usuário”, alerta o secretário.

Perigos

Segundo o presidente da cooperativa dos mototaxistas, Raimundo Gomes, o usuário pode identificar o clandestino mototaxista pelo fato de sua moto não ser pintada de laranja e os colete não apresentar informações oficiais como foto, nome e número do cooperado, e o preço cobrado não ser tabelado. Além de cobrar um valor bem diferente, um valor bem abaixo do que os regularizados cobram.

 Gomes afirma que os táxis também podem ser identificados, sendo que não trazem faixas de regulamentação nas laterais do veículo com os números do Cadastro Municipal (CM) e do ponto de táxi a que pertencem.

“Quando algum cliente é lesado, as cooperativas são procuradas para dar explicações, mas não temos como ajuda-las porque esses condutores não são regularizados e é quase impossível identificá-los. Isso acontece muito quando o usuário paga a corrida com uma nota alta e o clandestino foge com o dinheiro”, conta o presidente Raimundo Gomes.

Gomes relata ainda que outro problema é a relação desses indivíduos com a criminalidade. “Muitos têm ficha na polícia e ainda dão cobertura durante assaltos, vários deles também andam armados, inclusive para intimidar e ameaçar os cooperados”. “O cliente corre um perigo muito grande quando pega uma corrida com um clandestino e não tem para quem reclamar se algo acontecer”, finaliza.

Prejuízos

De acordo com as cooperativas, 483 mototaxistas e 258 taxistas regularizados estão espalhados por toda a cidade para ampliar a oferta de serviço para a população, mas a ação dos clandestinos tem afetado diretamente a arrecadação dos trabalhadores. Os presidentes das cooperativas apontam que há colegas que pensam em desistir porque o rendimento caiu muito e, como são pais de família, dependem do trabalho para pagar suas contas e levar comida para casa.

“As avenidas, Primeiro de Janeiro e Cônego João Lima, na região do entroncamento, são as principais áreas de atuação dos taxistas clandestinos, e nessas situações, nós somos ameaçados pelos motoristas das lotações, que saem com pedaços de pau e facão para intimidar nossas reclamações”, informa o presidente do Sintar, José da Costa Oliveira.

Com os cooperados, a pessoa tem várias ferramentas de reclamação, inclusive identificando o motociclista ou motorista e denunciando para as cooperativas ou para a prefeitura.

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