Os deputados estaduais repercutiram nesta terça-feira, 10, a rejeição das contas de 2009 dos ex-governadores do PMDB Marcelo Miranda e Carlos Gaguim que ocorreu na semana passada. Um dos mais incisivos foi o deputado Stalin Bucar (PR) que chegou a dizer que o que aconteceu em plenário foi uma malandragem. "Não me recuperei da rasteira e da falta de caráter que existe aqui nessa Casa por parte de alguns parlamentares", disse. Stalin afirmou que votou a favor da aprovação.

O painel de votação marcou 13 votos contra e apenas nove a favor da aprovação. Após a votação, 11 deputados declararam verbalmente que teriam votado a favor o que levantou questionamento com relação ao voto de alguns deputados inclusive de próprios peemedebistas.

O líder do governo, Carlão do Saneatins (PSDB) ao lembrar da votação disse que o possível traidor estaria entre os 11 que declararam ter votado a favor. “Os pares que tem que rever são os 11. Eu não estou com essa dívida. O Judas está entre os 11”, disse.

Para o petista José Roberto Forzani a votação foi vergonhosa para a Casa de Leis. “Que eu tenho notícia nada de tão vergonhoso ocorreu na Assembleia como aquela votação. Não quero questionar ninguém mas olhando o passado e algo chamou minha atenção a gente aprende que não tem coincidência”, frisou. Ele citou a alegação do deputado Manoel Queiroz de que o governo teria tentado intimidá-lo através da liberação de uma emenda sua com a intenção de lançar dúvida sobre seu voto.“É uma coisa lamentável, é um questionamento que temos que fazer”, frisou.

Toinho Andrade do PSD também comentou o assunto e disse que “Cada deputado vota de acordo com sua consciência”, disse. Ele frisou que os que traíram foi alguém dos 11 que são aliados dos ex-governadores. “Não tiveram coragem de mostrar a dupla personalidade”, disse.

A discussão sobre o assunto tomou grande parte da sessão e vários parlamentares questionaram a votação. O deputado Marcelo Lelis (PV) sugeriu que os votos declarados a favor da aprovação das contas sejam registrados em ata.Assim como Eli Borges ele pediu que os votos declarados sejam registrados na ata. Os deputados Lelis, Eli, José Roberto, Queiroz, Sargento Aragão e Josi votaram contra a ata da sessão de votação das contas alegando que os votos não foram especificados e que não constam posicionamentos dos deputados na ocasião.

Sobre os vários questionamentos o presidente Sandoval Cardoso (PSD) afirmou que o painel da Casa de Leis é inviolável.