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HGP não confirma mortes por infecção hospitalar, mas MPE encontra falhas graves de higiene e falta de medicamento
Foto: Philipe Bastos
Philipe Bastos

Após as denúncias de que duas pessoas teriam morrido por uma bactéria multirresistente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP) o Ministério Público Estadual, através da promotora Maria Rosely Nere, convocou uma reunião de emergência com o diretor geral do HGP, Paulo Farias. O MPE ainda realizou paralelamente à reunião, uma vistoria às instalações da UTI do hospital e constatou diversas irregularidades.

De acordo com a promotora de justiça, foram encontradas falhas graves em setores básicos, como higiene e abastecimento de antibióticos. “Nós constatamos que falta, por exemplo, álcool para limpeza das mãos”, disse. Além disso, a promotora salientou que a limpeza da Unidade era deficiente, com baixa adesão dos funcionários aos programas de higiene do hospital.

O HGP não confirmou a morte de duas pessoas por infecção hospitalar, fato que foi informado ao MPE. Segundo a promotora Maria Rosely, um grupo de servidores do HGP levou a informação ao Ministério Público sem, entretanto, oficializar uma denúncia formal. A promotora, contudo, afirmou que foi constatada a falta de antibióticos na UTI do hospital. “Houve caso de paciente que ficou cerca de 10 dias sem receber o medicamento, descontinuando o tratamento”, explicou.

Falta de pagamento

A situação ainda é mais complicada quando se trata do laboratório do HGP. Os serviços de análise clínica do hospital são terceirizados e, segundo Maria Rosely há atraso nos pagamentos do laboratório. Além disso, a promotora informou que houveram casos de suspeita por falha de diagnóstico do laboratório.

Resultados

Após a vistoria e a reunião entre MPE e HGP, a Promotoria solicitou do hospital notificações regulares sobre a situação de óbitos evitáveis (como por falta de medicamento, por exemplo), e dos estoques de antibióticos da Unidade de Terapia Intensiva. A Organização Pró-Saúde, que geria o HGP até a quebra do contrato com o Estado, segundo a promotora, se comprometeu em garantir o estoque de antibióticos na UTI. “Caso isso não ocorra e haja descontinuidade no fornecimento do remédio, pode ensejar em ação criminal”, disse.

Ainda na tarde desta quinta-feira, 21, o Ministério Público Estadual convocou nova reunião com entidades ligadas ao setor da saúde para tentar sanar os problemas enfrentados pela UTI do HGP. Entre os convidados para a reunião estão a Vigilância Sanitária, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital, o Laboratório Central, a Pró-Saúde e a direção do HGP.

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