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Deputados debatem situação de vítimas de cegueria em Araguatins
Foto: Ises Oliveira
Ises Oliveira

A situação das 275 pessoas afetadas por uma misteriosa cegueira parcial em Araguatins, a partir de 2005, foi tema de debate entre os deputados na manhã desta quinta-feira, dia 4. Em resposta a críticas da bancada de oposição sobre o desempenho do governo no caso, o deputado Paulo Roberto (DEM) assegurou que “O Estado não virou as costas para a população e não deixou ninguém desamparado”.

Dentre várias ações citadas, o democrata lembrou que, na época, foi enviada uma equipe técnica multiprofissional para Araguatins. A instalação de um consultório oftalmológico no município, a realização de coletas de amostras para análises, o encaminhamento de vítimas para fora do Estado para atendimento especializado e o alerta às comunidades e estados vizinhos, pela Secretaria da Saúde, foram outras medidas salientadas por Paulo Roberto.

A polêmica começou quando o parlamentar Marcelo Lelis (PV) comentou da tribuna o documentário O Mistério do Globo Ocular, do jornalista Whebert Araújo, lançado na noite de ontem, dia 3, no Centro de Atividade do Sesc. O filme mostra um relato do caso sob o ponto de vista de moradores e vítimas de Araguatins.

Segundo Lelis, “essa não é uma questão política, de oposição versus situação, mas uma luta humanitária”. O parlamentar anunciou ainda que vai realizar uma reunião com algumas vítimas que estavam presentes à sessão e apresentar requerimentos para solicitar assistência para a comunidade.

Lelis adiantou que pretende elaborar, na próxima semana, requerimentos, solicitando ao Ministério da Saúde um parecer final sobre o caso e pedindo ao Governo do Estado a construção de um centro permanente de atendimento às vítimas.

O tema repercutiu entre os demais parlamentares. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), lembrou que há dois anos vem solicitando, sem sucesso, ao Ministério da Saúde providências sobre o mal. “O governo federal deixou a desejar”, comentou. Gaguim ressaltou ainda que exposição negativa da cidade na mídia afastou os turistas e que Araguatins precisa de ajuda para reerguer sua economia.

O deputado José Viana (PSC) que acompanhou todo o desenrolar do caso como médico lembrou que, na época, foi apurado que o mal não se tratava de uma doença e, sim, de um traumatismo ocular, causado por uma panícula (grama semelhante ao espinho do pequi), encontrada numa das margens do Rio Araguaia.

Raimundo Moreira lamentou que não adianta mais discutir a causa do problema. “O governo não deve realizar apenas ações paliativas, porque as pessoas precisam de apoio permanente”, disse. Moreira citou ainda que, associado ao caso, há uma “delicada questão social” que precisa ser levada em consideração.

Fonte: Dicom/AL

 

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